quarta-feira, 16 de junho de 2010

A HISTÓRIA DE JOÃO TEODORO

Certa oportunidade, quando participava de um curso de três dias, promovido por uma comunidade religiosa, recebemos a presença de um psicólogo, que veio nos falar sobre a ESTIMA.

Que é aquilo que faz com que nos sintamos bem,.............. se estiver alta ou........... se estiver em baixa, nos causa grandes transtornos, principalmente de cunho emocional.

Vale lembrar, que, segundo recentes estudos e várias comprovações científicas, a origem da doença, em qualquer indivíduo, começa primeiro na sua cabeça (emocional).

Para tanto aconselho a vocês lerem dois livros: VOCÊ PODE CURAR SUA VIDA E LINGUAGEM DO CORPO.

Mas, voltando ao nosso assunto, dependendo de como o individuo se senti em relação a sua estima, vai ser sua vida, sua saúde e seus pensamentos.

Em um mundo, que transpira coisas ruins, lidar com sua estima não é tarefa fácil.

E nós na maioria das vezes também não colaboramos, na medida que bombardeamos nossa cabeça com coisas ruins.

Maior prova disto são os programas sensacionistas, verdadeiros campeões de audiência.

Que o digam o Datena da Bandeirantes, Ratinho do SBT e Luciana Gimenes da Record.

Sem contar os filmes de terror ou de grandes tragédias.

Quem não assistiu o teve vontade de ver 2012?

Mas voltando ao nosso psicólogo, ele contou uma história, que não sei se foi tirada de algum livro, mas, gostei tanto, que jamais esqueci.

E olha que já fazem mais de trinta e cinco anos.

Disse ele:

Em uma cidade pequena do interior da Bahia, vivia João Teodoro.

Pessoa pacata, quase sem estudo, mas muito trabalhador.

Nasceu naquela cidade a mais de cinquenta anos e jamais pensou em sair de lá.

Sendo muito conhecido, acompanhou com tristeza a redução do número de habitantes.

Os velhos acabavam morrendo e as novas gerações não queriam ficar naquela cidade, que não apresentava condições de progresso.

Desta forma ele observava, dia a dia, a diminuição dos número de moradores.

E a cidade que  chegou a ter 25 mil habitantes, havia reduzido para menos de dois mil.

Desta forma, o conselho que ficou, chegou a uma conclusão: precisavam fazer alguma coisa, para evitar que a cidade sumisse do mapa.

Decidiram, que a melhor forma seria chamar a pessoa mais antiga da cidade, que conhece-se todos e que acima de tudo, gostasse muito daquele lugar.

Assim acordado, chegaram a conclusão, que, ninguém como João Teodoro para ocupar este cargo.

Resolveram chamá-lo e quando deram a noticia que ele seria o prefeito da cidade, quase infartou.

Pensou: por que eu?

Se nunca quis sair da cidade, porque não ambicionava nada de melhor. Por que agora seria prefeito dela?

Mas tanto insistiram, que, muito constrangido acabou aceitando.

Foi para casa e não conseguia dormir.

Ser prefeito nunca passou em sua cabeça. Considerava este cargo, para ser exercido por pessoas especiais e não simples como ele.

Quando foi por volta das cinco horas da manhã, João Teodoro resolveu fazer as malas.

Mas quando foi montar seu cavalo, de mala e cuia, encontrou outro morador da cidade, que estranhou o por que dele estar indo embora, e lhe perguntou:

João Teodoro, por que está indo embora, agora que se tornou prefeito?

O que ele respondeu:

Exatamente por isto que estou indo embora.

Em terra que João Teodoro é prefeito, eu não fico!

 Nestor

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