quarta-feira, 12 de maio de 2010

CONCORRÊNCIA MORAL

Poderia falar longamente sobre os mais diversos tipos de concorrências comerciais que temos em nossa empresa, das dificuldades que isto nos trás, bem como o crescimento, que isto nos gera.
Mas, hoje, gostaria de tratar daquela concorrência mais sutil, que encontramos em diversos locais: residências, comunidades religiosas, meios sociais e principalmente no trabalho.
Falo aqui da disputa acirrada, onde duas ou mais pessoas tentam se impor, na maioria das vezes, não por méritos, usando meios não tão honestos, tudo isto para esconder as inseguranças internas, que cada um deles têm.
É muito comum esta disputa, até porque todos nós anseiamos pelo nosso crescimento financeiro e a busca desenfreada para se ter ¨segurança¨, para alguns, vale tudo.
Nesta competição sem limites, acreditam, o mais importante não é ser o melhor, mas sim o mais esperto, astuto e não necessariamente o mais competente.
Desta forma, para estes, ¨alguns¨critérios injustos de comportamento são aceitos, em prol do objetivo principal.
Mas, até que ponto vale a pena isto?
Até que ponto, temos o direito moral de agir de forma errada, em busca de um objetivo supostamente honesto?
O que vale mais, ter o pouco com méritos ou o muito com desmérito?
Não sei o que a maioria pensa, mas não consigo agir de forma desonesta para conseguir objetivos particulares ou sociais.
E, acreditando nisto,é, que todas as vezes que isto acontece, me decepciono com estes fatos.
Não sou santo, tenho as vezes, muito raramente, momentos em que tento agir como um, nem sempre conseguindo meu objetivo.
Ai eu pergunto: o que mais inquieta o ser humano, que o leva a uma busca desenfreada, onde não existem limites de racionalidade, onde as virtudes são deixadas de lado e, onde o fim, justifica o meio?
Vivemos sim em um mundo de provas e expiações.
Estamos aqui neste planeta para crescer compulsivamente.
Mas não de forma material ou científica, mas sim espiritual.
Quem acredita que nesta vida o mais importante é obter recursos para gerar segurança (?????), não parou para pensar, que, quando morrer, nada irá levar.
De que adianta se ter milhares de reais no banco, casas luxuosas, carros carríssimos, e não ter deixado um legado moral, de tal forma, que, na sua morte física, ninguém venha sentir saudades ou guardar nas suas memórias os exemplos deixados por aquele que vai?
Quanto seria capaz de dar uma pessoa, que na hora de sua morte, pudesse trocar alguns meses a mais de vida, pelos seus bens pessoais, adquiridos, âs vezes, de forma não justa, ao longo de sua vida mesquinha?

Lembro-me de uma história, que resumo minhas colocações e retrata o fundamento de nossas vidas. Logicamente acreditando, que, a vida física termina aqui, mas nossa alma é eterna.

Duas pessoas morreram e foram até DEUS para passarem pelo juízo final.
Uma delas, cheia de pompa, trazia consigo um saco enorme e muito cheio.
Disse ao chegar lá: Aqui está o resultado de todas as minhas ofertas, de todas as minhas boas ações, durante minha vida terrena.
Deus pegando aquele saco, colocou em um lado da balança.

Depois disto, foi a vez de uma outra pessoa, que foi muito pobre, na sua vida terrena.
E trouxe também um saco, com suas contribuições.
Todávia, por ter sido muito pobre, este era pequeno e estava quase vazio.

E DEUS também colocou o saco desta pessoa pobre, no outro lado da balança.

Para surpresa geral, o saco que era menor, pesava muito mais do que o outro.

O rico, consternado com esta situação, protestou a DEUS, dizendo que isto não era justo.

Então ele explicou: o seu saco, que aparentemente é maior do que outro, foi muito menos pesado, porque, você, durante toda a sua vida, deu somente o que sobrava e o outro, no mesmo período, em todas as vezes que  dava alguma coisa, isto exigia dele algum sacrifício, deixando assim de fazer alguma coisa, que lhe era essencial.

Que cada um tire as conclusões que achar correta deste história.

2 comentários:

  1. como todos sabem, a vida não é fácil... e então quando acontece esse tipo de coisa eu fico me perguntando de quem é a culpa? talvez da mídia que fica alienando as pessoas com a idéia de que quem tem (bens) é feliz, criando um vazio interno em cada um? dos pais que por muitas vezes se vêm passando necessidades financeiras, e se sentem na obrigação de continuar dando para os filhos todo o "luxo" que existia anteriormente, tendo que com isso fazer coisas "erradas"? ou talvez do próprio sujeito que faz porque? porque? porque talvez a gente viva no país da impunidade, e a maioria das pessoas estão acostumadas com o "jeitinho" brasileiro e acabam tolerando os pequenos erros que cometemos, todos nós.
    o pior é na maioria das vezes ficarmos quietos, sem ação, como se não fosse com a gente, também somos responsáveis quando ficamos em silêncio.

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  2. sinta-se a vontade de escrever sempre que desejar, não só para fazer comentários sobre texto, mas também sobre assuntos que julgar serem importantes nos passar.

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